sexta-feira, 30 de abril de 2010

Escrevi, repeti, apaguei e corrigi…maltratei o papel e as palavras, por não conseguir traduzir o que o que pensava. Vive na mente um pensamento incoerente, fruto de um desassossego que me apaga a racionalidade, que varre e devolve a calma que me dás e me retiras.

Porque o que quero não corresponde ao meu bem-querer, porque me engano enquanto te quero, porque soletro que “não” e as minhas mãos dizem que sim.

Corro, fujo, minto e fico gelada, decido impor o bem-estar ao meu querer, e te digo que não estou, me fui e não irei voltar!

Uma tentativa de confiança não existe ou será reversível o irreversível?

Afasto e agarro a água que bebo. Desengonça o meu humor, a minha rotina, que com horas invertidas me esgota e pede satisfações à cama e à almofada, que não são minhas.

Vá…não quero fluidos, ou libidos, paixões ou outro tipo de incoerências metafísicas imperfeitas…!

Hoje quero descansar, e iludir-me que amanha não irei sentir a falta de um nós!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Porque...

Porque se insiste e persiste em cometer os mesmos erros, a cair nas mesmas ilusões!
Porque o homem acredita que se conhece a si próprio, à sua natureza, aos seus próprios desejos...e ambições!

Porque seres mutáveis não se definem, nem se controlam...
Porque não se prevêem as suas acções como em bolas de cristal, ou através de perfis psicológicos!
Porque nem teorias do desvio explicariam a complexidade de um ser não finalizado, no seu próprio "eu" presente e circunstancial...

Porque neste corpo vivem mil seres....
Porque no beijo vivem as recordações, os arrependimentos e paixões
Porque hoje o meu "eu" não se encontra consigo próprio...

Hoje sou um bicho...que se limita a viver este dia como se tratasse de mais uma folha do calendário que cai...
Esperando que no amanha o "eu" acorde com outro dos seus seres, mais amável, e apaixonado que o de hoje.